A adubação correta é um dos pilares para manter orquídeas saudáveis, com crescimento equilibrado e floradas exuberantes. No entanto, diante de tantas opções disponíveis no mercado, muitos cultivadores se sentem perdidos na hora de escolher o melhor adubo. Neste artigo, você vai entender as diferenças entre os tipos de fertilizantes, saber quando e como utilizá-los e aprender a fazer a escolha ideal para suas orquídeas.
Por que adubar orquídeas?
Diferentemente das plantas que crescem no solo, as orquídeas muitas vezes estão em substratos inertes (como casca de pinus e carvão) que não oferecem nutrientes suficientes. Por isso, precisam de adubação regular para:
Estimular o crescimento de raízes, folhas e brotos
Fortalecer a planta contra pragas e doenças
Favorecer a formação de hastes florais e flores vigorosas
Tipos de adubo para orquídeas
1. Adubo químico (sintético)
São os mais utilizados devido à facilidade de aplicação e absorção.
Vendidos como NPK (ex: 20-20-20, 10-30-20)
Precisam ser diluídos em água
Devem ser aplicados com cuidado para não queimar as raízes
Vantagens:
Resultado rápido
Nutrição equilibrada e completa
Desvantagens:
Pode acumular sais no substrato
Precisa de dosagem correta
2. Adubo orgânico
São naturais, produzidos a partir de compostos vegetais ou animais.
Ex: húmus de minhoca, torta de mamona, farinha de ossos
Também existem versões líquidas (como biofertilizantes à base de algas)
Vantagens:
Alimentam o solo/substrato, promovendo vida microbiana
Liberam nutrientes de forma lenta e constante
Desvantagens:
Ação mais lenta
Algumas versões têm odor forte
3. Adubo foliar
É aplicado diretamente nas folhas, sendo absorvido rapidamente.
Ideal para reforços nutricionais rápidos
Pode ser utilizado em conjunto com o adubo de substrato
Importante: deve ser aplicado nas primeiras horas do dia ou no final da tarde, para evitar queimaduras solares.
Como escolher o adubo ideal?
A escolha depende de três fatores principais:
1. Fase da planta
Fase da planta | Melhor fórmula (NPK) |
---|---|
Crescimento | 20-20-20 ou 30-10-10 |
Pré-floração | 10-30-20 ou 6-30-20 |
Manutenção geral | 15-15-20 ou similar |
2. Espécie da orquídea
Phalaenopsis: resposta excelente a adubação quinzenal com NPK 20-20-20
Cattleya, Dendrobium e Oncidium: adubação mensal com fórmula de crescimento + floração
Vanda: adubação frequente, até semanal, diluída em baixa concentração
3. Ambiente e substrato
Ambientes externos: perdem mais nutrientes por chuva e ventilação → adubar com mais frequência
Substratos inertes (casca de pinus, carvão): exigem adubação regular, pois não retêm nutrientes
Substratos ricos (com húmus, musgo): podem dispensar fertilizantes por mais tempo
Frequência e modo de aplicação
Adubo líquido químico (NPK): a cada 15 dias
Adubo orgânico (em pó ou sólido): a cada 30 a 45 dias
Adubo foliar: 1 vez por semana em plantas debilitadas ou em recuperação
Dica: intercale os tipos de adubo (químico + foliar + orgânico leve) para garantir uma nutrição mais completa.
Cuidados durante a adubação
Nunca aplique adubo em plantas desidratadas
Não exagere na dose — mais adubo não significa mais floração
Evite aplicar nas raízes expostas e no miolo da planta
Lave bem as folhas após a aplicação, se estiverem em excesso
Receitinha caseira complementar (opcional)
Para uma nutrição natural, você pode preparar um adubo foliar simples:
Ingredientes:
1 litro de água
1 colher (chá) de borra de café
1 colher (chá) de cinzas de madeira peneirada
5 gotas de vinagre de maçã
Modo de uso: coe bem, borrife nas folhas 1 vez por semana.
Conclusão prática
Escolher o melhor adubo para suas orquídeas não precisa ser complicado. Compreendendo as necessidades da planta em cada fase e respeitando as instruções de uso, você garante um cultivo saudável e floradas cada vez mais belas. Lembre-se: adubar é alimentar — e nenhuma planta floresce com fome.